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tecnologia_paralisia_cerebral

Page history last edited by PBworks 16 years, 7 months ago

A contribuição da tecnologia para o desenvolvimento da pessoa com paralisia cerebral

 

 

 

 

A busca por uma intervenção de melhoria de vida para as pessoas com paralisia cerebral, diferentemente de métodos arcaicos, vem a cada instante evoluindo.

Nesse sentido, os recursos tecnológicos oferecem atividades lúdicas, construindo um elo entre o portador e o mundo real. Pode-se defini-los como os mediadores dessa interação.

Com relação às crianças com paralisia cerebral, o resultado de interação é muito mais satisfatório do que quando trabalhado lúdico-tecnologicamente com o adulto. A expressividade de pensamento da criança é enorme, por isso através dos recursos tecnológicos a possibilidade de comunicação é, significativamente, maior, surgindo as formas alternativas para o ato de comunicar-se.

A partir desse ponto, começa-se a pensar na inclusão social, principalmente no que se refere à freqüência dessas crianças nas salas regulares das instituições de ensino, podendo expressar sentimentos e contatar com o processo de aprendizagem.

Tecnologia Assistiva é o termo, ou nome, dado às tecnologias usadas como ferramentas no desenvolvimento e prática da comunicação das pessoas com paralisia cerebral, ou seja, ela proporciona relevante independência aos portadores de tal deficiência.

No entanto, a tecnologia assistiva é um conjunto que envolve o ambiente, o dispositivo tecnológico e o indivíduo, e vai além da comunicação alternativa, designando próteses, adaptadores para automóveis, etc.

 

 

Referência

 

OLIVEIRA, Ana Irene Alves de; PINTO, Ricardo Figueiredo; RUFFEIL, Éder. A tecnologia e o desenvolvimento da criança com paralisia infantil. Dissertação de Mestrado. Belém-PA, 2004.

 

 
AJUDAS TÉCNICAS
 
A pessoa que tem uma paralisia cerebral tem, sua inteligência limitada por um corpo que não lhe permite se expandir ou demonstrar. A informática pode auxiliar este processo ampliando os movimentos anteriormente restritos.  Muitas vezes, pequenas adaptações como uma almofada com velcro para dar firmeza, a configuração do computador para operar apenas com o teclado sem necessidade do mouse, já são ações suficientes para dar condições de acessibilidade e acesso à informática. Outras vezes, já são necessárias adaptações como ponteiras fixas na boca ou na testa. Já o trabalho pedagógico segue o caminho da livre expressão, da criação e da criatividade. “O trabalho não deve partir das limitações, mas sim do potencial de desenvolvimento de cada um”, diz Teófilo Galvão, professor do Programa de Informática na Educação Especial de Salvador – BA. 
A tecnologia pode ser vista como uma extensão do próprio corpo e para os portadores de necessidades especiais a recuperação que a deficiência subtraiu. In David Rodrigues “o admirável mundo da informática está cheio de promessas fantásticas e as possibilidades conjugadas do equipamento informático (...), da robótica, (...) dos programas (...), da telemática e do controle remoto alargam as possibilidades de desempenho das pessoas portadoras de deficiência até os limites do assombro”. As novas tecnologias em educação especial: do assombro à realidade, Lisboa, p.10. O acesso a tecnologia através de adaptações necessárias pode ser a melhor forma de proporcionar maior nível de autonomia e aprendizagem a muitas pessoas que sem elas estariam destinados ao isolamento e passividade.
 
ALGUNS RECURSOS DE ACESSIBILIDADE
1-     Adaptações Físicas:
Utilização de órteses colocadas nas mãos, braços e pernas do usuário.
Pulseira de pesos: Adaptada no pulso ajuda a diminuir a flutuação do tônus muscular, comum no portador de paralisia cerebral, para facilitar a digitação. Para quem tem apenas o punho mais afetado existe estabilizador de punho e abdutor de polegar para afastar o polegar mais afetado e ponteira para digitação para os casos em que os movimento dos dedos e mãos estão mais afetadas. Em muitos casos, quando há controle da cabeça, a ponteira de digitação pode ser utilizada com a boca ou fixa no queixo e na testa. Estes materiais podem ser encontrados em: http://www.aacd.org.br/ ; http://www.lumenequipterapeuticos.com.br/
 
2- Adaptações de Hardware:
Máscara de Teclado: São adaptações aclopadas no teclado que pode ser para isolar uma tecla da outra a fim de que involuntariamente mais de uma tecla ao mesmo tempo devido a dificuldade de movimento. Também é utilizado para deixar a mostra apenas as teclas que serão utilizadas, ocultando as demais para facilitar o uso. Também chamada de Colméia a placa é confeccionada com papelão, metal ou acrílico transparente com furos que coincidem com as teclas, evitando assim, que o usuário pressione várias teclas ao mesmo tempo.
TECLADOS ALTERNATIVOS
Existem teclados em tamanho reduzido e teclados ampliados usados respectivamente por aqueles que tem pequena amplitude nos movimentos e dificuldades motoras mas com movimentos amplos e pouco coordenados.
Os teclados programáveis (acompanhados por software específico) tem teclas maiores que podem ser programadas para cada usuário.
Os teclados virtuais: O acesso é feito na tela e acionadas por um dispositivo acoplado como o joystick. Muitos funcionam por varredura sugerindo as palavras a serem digitadas.
Ampliador da área dos botões do mouse: Suporte ampliado e fixo sobre o mouse ligando-o ao botão de controle.
Switch Mouse, Roller Mouse, Mouse ++ e +: São adaptações de mouses onde cada ação é realizada por botões separados. Possui acionadores de clique simples e duplo.
A posição do hardware pode ser um recurso de acessibilidade. Basta trocar a posição do teclado, ou monitor, por exemplo, da normalmente usada para facilitar o uso. Por exemplo: Elevar o teclado quando o acesso é realizado com ponteira de cabeça. Rebaixamento do teclado ao solo para uso com os pés.
O mouse também pode passar por adaptações para facilitar o uso, tais como, passar uma fita de velcro fixando a mão do usuário ou colar um velcro (ou similar) sobre o botão esquerdo.
Já existem aparelhos que executam as funções do mouse pelo movimento da cabeça, movimento dos olhos e movimento labial de sopro ou sucção.
As funções do mouse podem ser executadas por meio de acionadores. São peças separadas para cada função: Seta acima, seta abaixo, clique...
Muitas vezes um acionador de mouse pode ser construído de maneira artesanal e atender às necessidades do usuário. Dicas em www.tecnologiaassistiva.com.br e www.assistiva.com.br
 
3- Softwares:
Software que substitui os periféricos de entrada (mouse e teclado) pelo microfone. São os simuladores de Mouse e Teclado que hoje podem ser manipulados, com ajuda destes softwares até com movimento dos olhos. Estão em testes, comandos de entrada que podem ser executados apenas com impulsos do cérebro.
Entre os softwares disponíveis, citamos:
 
Teclados Virtuais gratuitos
Teclado Comunique: Distribuído gratuitamente no site www.tecnologiaassistiva.com.br
Teclado amigo: www.saci.org.br
Teclado virtual livre: www.ler.pucpr.br/amplisolf
 
Comandos através da voz.
O Motrix é um software onde os comandos, normalmente executados pelo mouse e teclado, são falados ao microfone. Utiliza o alfabeto fonético da aviação. EX: Alfa para A, Beta para B. Encontrado gratuitamente em www.intervox.nce.ufrj.br/motrix/download
 
Em alguns casos, é possível facilitar o uso para aqueles que apresentam alguma dificuldade de movimento, apenas alterando a configuração do computador no Painel de Controle - Opções de Acessibilidade. Ou ainda no Painel de Controle em Mouse – diminuir a velocidade do ponteiro e do clique duplo. A velocidade do teclado também pode ser alterada. O Windows XP possui um teclado virtual. Encontrado em Programas – Acessórios – Acessibilidade – Teclado Virtual. Em configurações escolhe a forma de acesso.
A secretaria de Educação Especial do MEC encaminhou às APAEs um fascículo do Portal de Ajudas Técnicas com o título: Tecnologia assistiva: Recursos de Acessibilidade ao computador. com orientações os educadores bem como sugestões de materiais adaptados e especialmente desenvolvidos para facilitar o uso do computador e a vida cotidiana.
  
Bibliografia:

 

 

 

 

 

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